domingo, 5 de fevereiro de 2012

                           Musicas goticas
Os goticos ouvem para  expressar suas tritezas e melancolia 
por musicas tristes e depresivas .
                              Citarei abaixo musicas goticas 
libra
lacrimosa
lacuna coil
Merlin meyson 
legião urbana
nightwish
evanescence
tristania 
korn 
slipknot
blink 187
my chamical romance 
kamelot
therion
xandria
coronautus 
eternal tears of sorrow
epica


entre outros sons muito bom musicas maravilhosas  com sons parecidos de opera mais levado pro rock 
é muito boa todas essa bandas 
 

                                            Costumes e Semelhanças 

 

 

 

Costumes e Semelhanças
Góticos, mais do que qualquer tentativa de definição são ricos em características.
Suas vestes não são apenas roupas ou maquiagens vazias e sem sentido, mas uma maneira de se expressarem como crítica observação da sociedade.
É uma estética artística em suas vestes, pois a arte é estética.


Costumes Não quero aqui ditar moda alguma, apenas mostrar pontos em comum que existem entre as pessoas e não regras a serem seguidas.
Muitos se vestem dessa forma, mas o conteúdo interior, a postura pessoal, os interesses podem passar longe da essência de ser gótico.
Apenas tento descrever alguns trajes mais usados nos ambientes góticos ou alternativos no Brasil e, mais especificamente, em São Paulo.

 Roupas pretas sempre são as mais freqüentes; algumas vezes misturam-se com branco, vermelhas são também usadas, mas não tão comuns.
No dia a dia geralmente as cores escuras prevalecem.
O estilo gótico tende a ter muitas vezes uma pitada de andrógino, onde alguns gostam de vestir peças de roupas femininas, como saias por cima das calças, desafiando barreiras sociais; para isso é preciso ter uma mente aberta.
Pele muito clara, pois a palidez é esteticamente agradável, como os vitorianos, dando um ar de nobreza. Bronzeados do sol? Nem pensar.
Cabelos pretos, realmente é o mais usual, vermelho, ou purpúreo são bastante comuns.
Maquilagem preta e branca, batom preto, unhas pretas.
Olhos bem contornados e marcados de preto. Há também os que aderem às lentes de contato com aparência especial.


Fetiche - couro, látex, p.v.c., borracha e vinil são usados nas vestes, como em jaqueta de couro, coletes, calças, saias e assessórios - gargantilhas e outros.
Os tecidos de veludo são muito apreciados mas os leves que flutuam são igualmente muito usados.
Camisas de poeta -- algumas com jabeau por volta dos pulsos e do colarinho, rendas, detalhes delicados (elas são normalmente brancas), ou uma tira de tecido amarrada em torno do pescoço



Casacos - Longos (sobretudo) Capas no estilo ópera .
Assessórios - Sempre prateados ou pretos, prata , muita prata, correntes, penduradas nas roupas ou nos coturnos, fivelas; broches, muitos anéis, brincos, camafeus, gargantilhas e pulseiras de couro com spikes ,de tecido, semi jóias com pedras.
Pingentes como ankhs ou cruz de ansata , , pentagramas , olho de horus,
cruzes cristãs e pagãs
Saias longas e amplas, pesadas ou leves, saias curtas ou do tamanho longuete e mini- saias

Blusas geralmente com colo de fora, transparentes, mangas largas
Golas altas com apliques rendados criam uma atmosfera do romantismo

Nos pés - coturno para homens e mulheres, e muitas vezes botas de plataforma ou saltos altos para as mulheres; meias femininas são vistas freqüentemente do tipo arrastão ou lisas e sempre pretas


Luvas curtas ou longas são muito usadas no inverno
Leques no verão ajudam a ñ borrar a maquilagem
As mulheres vestem-se com uma feminilidade incrível
Bolsas delicadas, geralmente pequenas, lisas e sempre pretas -- às vezes com símbolos de cruzes, morcegos, caixões, aranhas , bordadas a mão ou algum objeto aplicado
Tatuagens e piercings -- (depende da pessoa) a maioria os tem mas não tanto como os punks, por exemplo


Algumas Semelhanças

É muito comum encontrarmos vários góticos com uma forte semelhança com:
Siouxsie Sioux (de Siouxsie & The Banshees)


Morte uma das irmãs do personagem Sandman
– usando uma cruz ankh


Eric Draven (personagem do filme O Corvo)


sábado, 4 de fevereiro de 2012

Atualmente, o termo "Gótico" vem sendo mais utilizado pela sociedade atual, começou a virar moda e por isso, ou melhor, talvez por isso, a maioria das pessoas já tenham ouvido falar de alguma música, na arquitetura ou na literatura gótica, as pessoas começaram então a estarem mais habituadas com esse nome. Outro fator importante para esse reconhecimento sobre o nosso ideal, é pelo "visual" ... quem nunca viu um grupo ou pelo menos uma pessoa andando pela rua vestida totalmente de preto, usando crucifixos, ankhs, pentagramas, com piercings e cabelo fora do comum? Vendo por este lado, infelizmente as pessoas se iludem pensando que muitas destas, são realmente góticos,mas não sabem que o fundamento do goticismo é atitude, e não visual. Outras ideologias também usam muito o "preto" no seu visual, e entre elas existem sempre uma atitude que contradiz o que a sociedade atual impõe, fazendo que ela seja contra esta tal ideologia, mas o problema é que esse desfavorecimento é geral, e na maioria dos casos, o preto é jogado para os góticos, que estão cada vez mais sendo julgados de rebeldes da sociedade ou adolescentes mimados. Muitas pessoas não conhecem a cultura gótica, ainda existe muito preconceito com ela, e por não conhecer, as pessoas tem medo, e por terem medo, acabam julgando esse estilo de viver. E por causa disso, acabam influenciando na nossa própria ideologia, como por exemplo, o medo dos Neogóticos assumirem que são góticos, por terem medo da reação da sociedade sobre eles, transformando a ideologia dentro de si como se fosse uma vergonha.

Porque os Góticos agem desta forma?
Os Góticos em gerais são pessoas que sofrem ou sofreram por algo muito forte, ocasionando a sua transformação, e nesta transformação, vários outros caminhos se abrem, caminhos de sabedoria, força, inteligência que podemos seguir. O seu mundo fica cada vez mais melancólico, e geralmente tem uma fácil capacidade de se expressar, ou tem outros que se fecham por incapacidade de sentir. Buscam o individualismo que têm e abrem suas mentes para outros universos mais sensíveis ao mundo. Muitos dos góticos tem 2 caracteristicas marcante entre eles, aqueles que levam os seus sentimentos aos extremos ( sensíveis ) e aqueles onde a raiva ainda vaga pela mente, transformando eles em seres altamente frios, esses geralmente querem se distanciar de todos para que possam pensar sobre as suas vidas. Há alguns raros casos que a pessoa varia de característica dependendo do dia, dai é que vem o termo "inconstância gótica".
A Maioria dos Góticos vivem em busca da sua Lenda Sentimental, procurando nos seus sentimentos uma razão para viver, muitas vezes vendo que a razão é um bom caminho a ser seguidos em horas de necessidade. Outras seguem outros caminhos, usando outras fontes para que possam esquecer das dores que atormentam o seu coração. As vezes essas outras fontes são utilizadas de uma forma errada, como por exemplo o suicídio. 

 O que é Goticismo?
Gótico, em primeiro lugar, significa: relativo aos godos, uma confederação de tribos germânicas que invadiu o império romano durante o séc. III d.C. e foram os primeiros povos germânicos a se converterem ao cristianismo. A primeira distorção do adjetivo data da renascença. Os italianos achavam que a arte clássica, que admiravam e procuravam reviver, fora corrompida na idade média pelos cristãos. Assim sendo, fizeram dos godos seu Bode-espiatório e taxaram pejorativamente toda arte medieval (cristã) de gótica, ampliando assim o sentido da palavra.
Durante os séculos em que foi moderna, a arte gótica era conhecida sob o nome de "opus francigenarum", o que significa "obra francesa" e indica bem a sua principal origem. Entretanto nos séculos XV e XVI com a Renascença e o entusiasmo pela antiguidade clássica, passou-se a considerar a Idade Média como uma época bárbara e obscura. Como os godos eram os bárbaros mais conhecidos, o estilo passou a se chamar gótico, ou seja, bárbaro por excelência, alcançando um sentido pejorativo e de profundo desprezo.
A arte gótica era muito conhecida pela arquitetura arrojada, o que permitia aos seus construtores erigirem castelos e fortalezas mais fortes e resistentes de que os de outras civilizações da época. Estes castelos, mansões e fortificações era palco de histórias e lendas, muitas ligadas ao místico e sobrenatural. Ao final do séc. XVIII, eles foram visitados por uma nova estirpe de habitantes. Eram poetas, escritores, ocultistas e sonhadores. Nas sombras eles produziam obras imortais como Frankenstein, O Corvo, As Flores do Mal, Drácula e outras.
Os góticos tem a mania de achar na literatura uma explicação dos seus profundos sentimento... ( muitas vezes considerado estranhos )


Visual Gótico
O Clássico Visual "Roupa Preta" dos góticos, não vem do goticismo em si, vem da influência dos Darks dos anos 80 que usavam estas roupas "obscuras" para afrontar as pessoas que usavam diversas cores para demostrar a sua felicidade, ou melhor, falsa felicidade. Achavam que usando preto, pudessem mudar pelo menos um pouco a cabeça dessas pessoas que buscavam sua felicidade em algo, já que não conseguiam ter um momento de reflexão para melhoria de suas vidas sem precisar mentir para si mesmo. A roupa preta também está sendo utilizada pricipalmente ultimamente como sentimento de luto contra a sociedade que piora a cada dia que passa, outros usam como rebeldia, por querer demostrar ser diferente para outras pessoas e muitos usam por simplesmente gostar da cor preta.
Os Góticos tem uma fascinação incrível pela Noite, sentir o seu vento, a sombra do vento batendo ao seu rosto, fazendo que crie inspirações para os seus sentimentos, é um caminho para achar sua Lenda Sentimental, uma fantasia de prazer para as brilhantes mentes que buscam um conhecimento além do conhecido. Alguns Góticos ( poucos ) gostam de usar a roupa preta como homenagem ao brilho da noite, e ao seus sonhos...

Literatura Gótica
A Literatura gótica é uma das mais profundas que existem, abordam não só de puro amor, histórias fantásticas e contos. Mas também a tristeza e lágrimas nas suas poesias, como dizem por ai: "O melhor texto é aquele que entra como uma faca no coração". Muitas pessoas gostam de ler sobre esses sentimentos pois neles, as pessoas vê o retrato do seu coração, se identificando com os textos. Outras lêem e observa o texto com outro significado, sempre com um aprendizado de superação para suas tristezas, é um mundo paralelo, onde os sonhos e desejos são abordados com corações obscuros, sempre brilhando pelo sonho de amar. Noite, lua, estrelas, sonhos, raiva, rosas e sangue em geral são a maior inspirações para as mentes que homenageam esta literatura tão bela e única.
OBS: Álvares de Azevedo surgiu como poeta e contista no ano de 1848, e até hoje é considerado um dos maiores autores ultra-românticos do país, seus textos são considerados góticos.

Filosofia Gótica
A filosofia gótica consiste em base de viver em um mundo sem mentiras e lágrimas. Apesar de abordar diversas vezes na sua literatura ou até mesmo na sua arquitetura a sua tristeza, é como se fosse um desabafo, imortalizando a sua lágrima em uma arte para que ela possa ficar lá, e assim, superando a sua própria dor. Consiste no ideal onde o mundo não seria solitário, julgados... tem o objetivo de encontrar uma pessoa que o faça feliz, e que faça esquecer de passagens do seu passado de agonia, tristeza e depressão. Mudar o mundo dentro de si, onde não habita a falsidade e as friezas das pessoas. Ou seja, viver na realidade o seu mundo de sonhos. 


 Religião
É difícil conhecer um gótico que não tenha passado por isso, uma pessoa ir até você e perguntar, "Você é satânico?". A resposta todos já devem saber, "Não"( Mesmo porque, satânico esconde sua magia, não liberta ela a face de todos ). O gótico é uma ideologia e não uma pessoa, e por isso, o gótico não segue nenhuma religião, pois não gostam de seguir mandamentos e regras de outros. A religião é encarada como se fosse algo fantástico, um mundo de fantasia aonde as pessoas fogem da sua realidade e tristezas e buscam através de uma reza, uma salvação. As esperanças é importante para os humanos, mas o gótico não vê esperanças certeza para a sua salvação, mesmo porque, em toda a sua vida nunca aconteceu um milagre para que possa salvar a ovelha negra perdida. Os Góticos acreditam que a esperanças é cultivada através da vontade dos próprios seres, mas como nonosso desejado mundo, quem somos nós para julgar as mentes de outras pessoas? Respeito é fundamental. Cada um com a sua crença, cada um com o seu sonho...

Arquitetura Gótica
A arquitetura gótica com certeza é o fator mais importante que impulsionou o conhecimento da ideologia gótica ao mundo. As belas artes formadas neste ideal é demostrada através de catedrais antigas belíssimas. Em termos de estética e qualidade a arquitetura gótica é considerada uma das melhores e por isso fascinam pessoas do mundo todo.
Exemplos de arquitetura góticas podem ser vistas até mesmo em filmes de terror, como aqueles castelos , locais abandonados e obscuros, cemitérios sombrios e até mesmo igrejas. A arquitetura fascina tanto a mente humana que nos enche de encanto e mistérios, fazendo nossas cabeças entrarem em outro mundo, onde nós fizemos a nossa história. Mesmo assim, ainda existem pessoas que querem julgar o nosso gosto, e também, criticando essa arte maravilhosa que merecia pelo menos um pouco de respeito por sua história.
Muitas pessoas brincam com os Góticos, abordando o Cemitério. Mas no Brasil é difícil encontrar uma arte gótica como por exemplo um castelo antigo, e por isso, as pessoas julgam nós como pessoas que andam pelo cemitério de noite, mas é óbvio que essa história não tem nada a vê. Se tivesse um castelo abandonado por aqui, com certeza seria um lugar que eu iria pelo menos uma vez. 

 Música Gótica
A Música gótica tem influência de música clássica, vocais clássicos, tenores, sopranos, enfim, vocais belíssimos, violinos, pianos, orquestras, sentimentos e etc. As letras se destacam por ser uma arte no mundo atual, destacam por sua melancolia, abordam sentimentos profundos e de uma forma incrível, falando até memso de coisas obscuras e ocultas, Da vida até a morte, a letra gótica é original por ser algo que faça as pessoas pensarem e pricipalmente sentirem quando elas são escutadas. Diferentes de outros estilos de músicas que buscam somente o entretenimento das pessoas. Atualmente, a música gótica tem sido influênciada pela guitarra, que ocasionou a formação do famoso "Gothic Metal" em bandas atuais. Esta influência criou outros ramos para a música clássica gótica.
OBS: Nos anos 60 surgiu um novo estilo musical na Alemanha. Porém, esse estilo ganhou notoriedade na Inglaterra alguns anos depois. Joy Division (1978) foi uma das primeiras bandas a ser rotulada como “gótica”.

Arte Gótica
A Cultura gótica não se destaca somente pela arquitetura e música de altíssima qualidade, mas também as suas artes. Ao ver as pinturas góticas sentimos um vão dentro de nossos corações, um vão que sente os inúmeros sentimentos que vem após do impacto, sentimentos, tristezas e felicidades em uma explosão de arte, olhos paralisados por segundos, inspirações e significados ao olhar a pintura que nos paralisa como se fosse um coração, e você buscando o seu conhecimento, a cada pintura, transmite uma história, um sentimento confuso ou um sentimento perdido, as artes são desenhadas com cores tristes, neutras, desenhos de almas, de morte, pensamentos e horror. Tudo que possa fazer impacto em nossos corações.
Os artistas góticos, geralmente são desconhecidos, eles desenham o que sentem, o que vêem, o mundo que enxergam, do mundo que existe e que vivem. Alguém que mora em uma cidade grande por exemplo, só vê cinzas e falsidade em sua volta, o artista gótico faz o que essas pessoas normais as vezes vêem, só de uma forma mais profunda, sentimental. A capacidade de expressão dos seus sentimentos é parecida nas outras artes como a arquitetura, música e literatura. Infelizmente por serem fechados e isolados do mundo real, não se há muitos vestígios de obras plásticas do goticismo, e de seus artistas. 




- Este texto foi feito por Fábio Gois -
Observações: A abordagem que fiz sobre a ideologia gótica tem como objetivo dar uma noção para as pessoas o que vem a ser goticismo, a nossa ideologia é como outra qualquer, porém única. Certas coisas somos incapazes de expressar com palavras para dizer mais detalhadamente sobre este ideal, por ele ser profundo fica dificil explicá-lo perfeitamente.

-"Quando buscamos um caminho a fundo, ele fica tão fundo, que nem sempre conseguimos voltar para explicá-lo" ... por: Fábio Gois.


Espero que com isto, as pessoas parem de julgarem nós como algo que não somos, e pelo menos, julguarem por algo que realmente somos.

_________________
..."Seja a minha única rosa e cante...
Seja a única que me faz cantar e dance...
Viva ao amor! Morte ao passado!
Essas são as palavras de um intenso prazer do começo,
de uma alma cansada de ser declarada."...

Flog: http://www.fotolog.net/poeta_gotico
MSN: poeta-gotico@hotmail.com




Atualmente, o termo "Gótico" vem sendo mais utilizado pela sociedade atual, começou a virar moda e por isso, ou melhor, talvez por isso, a maioria das pessoas já tenham ouvido falar de alguma música, na arquitetura ou na literatura gótica, as pessoas começaram então a estarem mais habituadas com esse nome. Outro fator importante para esse reconhecimento sobre o nosso ideal, é pelo "visual" ... quem nunca viu um grupo ou pelo menos uma pessoa andando pela rua vestida totalmente de preto, usando crucifixos, ankhs, pentagramas, com piercings e cabelo fora do comum? Vendo por este lado, infelizmente as pessoas se iludem pensando que muitas destas, são realmente góticos,mas não sabem que o fundamento do goticismo é atitude, e não visual. Outras ideologias também usam muito o "preto" no seu visual, e entre elas existem sempre uma atitude que contradiz o que a sociedade atual impõe, fazendo que ela seja contra esta tal ideologia, mas o problema é que esse desfavorecimento é geral, e na maioria dos casos, o preto é jogado para os góticos, que estão cada vez mais sendo julgados de rebeldes da sociedade ou adolescentes mimados. Muitas pessoas não conhecem a cultura gótica, ainda existe muito preconceito com ela, e por não conhecer, as pessoas tem medo, e por terem medo, acabam julgando esse estilo de viver. E por causa disso, acabam influenciando na nossa própria ideologia, como por exemplo, o medo dos Neogóticos assumirem que são góticos, por terem medo da reação da sociedade sobre eles, transformando a ideologia dentro de si como se fosse uma vergonha. 

Religião
É difícil conhecer um gótico que não tenha passado por isso, uma pessoa ir até você e perguntar, "Você é satânico?". A resposta todos já devem saber, "Não"( Mesmo porque, satânico esconde sua magia, não liberta ela a face de todos ). O gótico é uma ideologia e não uma pessoa, e por isso, o gótico não segue nenhuma religião, pois não gostam de seguir mandamentos e regras de outros. A religião é encarada como se fosse algo fantástico, um mundo de fantasia aonde as pessoas fogem da sua realidade e tristezas e buscam através de uma reza, uma salvação. As esperanças é importante para os humanos, mas o gótico não vê esperanças certeza para a sua salvação, mesmo porque, em toda a sua vida nunca aconteceu um milagre para que possa salvar a ovelha negra perdida. Os Góticos acreditam que a esperanças é cultivada através da vontade dos próprios seres, mas como nonosso desejado mundo, quem somos nós para julgar as mentes de outras pessoas? Respeito é fundamental. Cada um com a sua crença, cada um com o seu sonho...

Arquitetura Gótica
A arquitetura gótica com certeza é o fator mais importante que impulsionou o conhecimento da ideologia gótica ao mundo. As belas artes formadas neste ideal é demostrada através de catedrais antigas belíssimas. Em termos de estética e qualidade a arquitetura gótica é considerada uma das melhores e por isso fascinam pessoas do mundo todo.
Exemplos de arquitetura góticas podem ser vistas até mesmo em filmes de terror, como aqueles castelos , locais abandonados e obscuros, cemitérios sombrios e até mesmo igrejas. A arquitetura fascina tanto a mente humana que nos enche de encanto e mistérios, fazendo nossas cabeças entrarem em outro mundo, onde nós fizemos a nossa história. Mesmo assim, ainda existem pessoas que querem julgar o nosso gosto, e também, criticando essa arte maravilhosa que merecia pelo menos um pouco de respeito por sua história.
Muitas pessoas brincam com os Góticos, abordando o Cemitério. Mas no Brasil é difícil encontrar uma arte gótica como por exemplo um castelo antigo, e por isso, as pessoas julgam nós como pessoas que andam pelo cemitério de noite, mas é óbvio que essa história não tem nada a vê. Se tivesse um castelo abandonado por aqui, com certeza seria um lugar que eu iria pelo menos uma vez.

Música Gótica
A Música gótica tem influência de música clássica, vocais clássicos, tenores, sopranos, enfim, vocais belíssimos, violinos, pianos, orquestras, sentimentos e etc. As letras se destacam por ser uma arte no mundo atual, destacam por sua melancolia, abordam sentimentos profundos e de uma forma incrível, falando até memso de coisas obscuras e ocultas, Da vida até a morte, a letra gótica é original por ser algo que faça as pessoas pensarem e pricipalmente sentirem quando elas são escutadas. Diferentes de outros estilos de músicas que buscam somente o entretenimento das pessoas. Atualmente, a música gótica tem sido influênciada pela guitarra, que ocasionou a formação do famoso "Gothic Metal" em bandas atuais. Esta influência criou outros ramos para a música clássica gótica.
OBS: Nos anos 60 surgiu um novo estilo musical na Alemanha. Porém, esse estilo ganhou notoriedade na Inglaterra alguns anos depois. Joy Division (1978) foi uma das primeiras bandas a ser rotulada como “gótica”.

Arte Gótica
A Cultura gótica não se destaca somente pela arquitetura e música de altíssima qualidade, mas também as suas artes. Ao ver as pinturas góticas sentimos um vão dentro de nossos corações, um vão que sente os inúmeros sentimentos que vem após do impacto, sentimentos, tristezas e felicidades em uma explosão de arte, olhos paralisados por segundos, inspirações e significados ao olhar a pintura que nos paralisa como se fosse um coração, e você buscando o seu conhecimento, a cada pintura, transmite uma história, um sentimento confuso ou um sentimento perdido, as artes são desenhadas com cores tristes, neutras, desenhos de almas, de morte, pensamentos e horror. Tudo que possa fazer impacto em nossos corações.
Os artistas góticos, geralmente são desconhecidos, eles desenham o que sentem, o que vêem, o mundo que enxergam, do mundo que existe e que vivem. Alguém que mora em uma cidade grande por exemplo, só vê cinzas e falsidade em sua volta, o artista gótico faz o que essas pessoas normais as vezes vêem, só de uma forma mais profunda, sentimental. A capacidade de expressão dos seus sentimentos é parecida nas outras artes como a arquitetura, música e literatura. Infelizmente por serem fechados e isolados do mundo real, não se há muitos vestígios de obras plásticas do goticismo, e de seus artistas.



Saiba mais um pouco sobre goticos


    
                          .
               
 

 

O que é Gótico ?
Como você define gótico? Esta  deve ser uma das perguntas mais freqüentes sobre o assunto. Está também cercada de uma confusão exagerada e preconceituosa  sobre esta subcultura em particular.

Quando você pergunta o que é um gótico você pode obter várias respostas diferentes e contraditórias, dependendo de como você formula a pergunta;porem cada resposta obtida pode representar uma parte válida desta subcultura.
Gótico é mais que um rótulo ou conceito, é ao mesmo tempo um estilo de vida e uma filosofia que tem suas raízes no  passado e no presente.
Ignorando aqui  referencias históricas das tribos de bárbaros na Europa  neste comentário específico refiro-me a o que é ser gótico, gótico é uma subcultura. Começou nos anos 70  na Europa e nos Estados Unidos.e aqui  no Brasil em 1980
A cultura era composta de indivíduos de posturas incomuns com uma insaciável curiosidade pela cultura, intelectuais e socialmente pouco aceitos na  expressão de  sua arte e de si mesmos, demonstrando assim seu desencanto do mesmismo da sociedade moderna.
Os góticos sempre foram voltados aos movimentos musicais, literários e arquitetônicos, possuidores de um humor um tanto incompreendido, sendo assim difamados como depressivos  pois eles acham beleza e graça até nas coisas que, para uma sociedade comum, seriam  tétricas, ele vêem como belo e artístico . Os góticos são  um tanto  gauche.

 

 
 
Atração pelos cemitérios
Parques púb
licos são atrativos  para as pessoas comuns, os cemitérios têm o mesma atração para os góticos.  Os cemitérios são uma das muitas opções -- outras incluem parques, áreas de acampamento,  jardins, estacionamentos, ruas ou praias desertas, etc.

Os Cemitérios são  lugares quietos, ideais  para  introspecção e reflexão.
Coloca-os  em contato com sua própria mortalidade.
Se nós entendermos a fragilidade da vida, seremos mais capazes de apreciar isto.
Ficam longe de TV, computadores, tensões
do dia a dia , responsabilidade, superficialidade
e as coisas sem importâncias que invadem nossas vidas.
Um cemitério promove um nível de introspecção
e reflexão que  muitos outros lugares não poderiam
Os cemitérios são bonitos, e de atmosfera misteriosa.

 As esculturas, mausoléus, locais sombrios são elaborados, freqüentemente ornamentados. Eles são como um museu gótico, um lugar favorito para obter retratos artísticos.

 



 
Fixação pela Morte
Toda humanidade é fixada na morte
A morte é um conceito abstrato para a maioria das pessoas
 Os góticos  representam exteriormente os pensamentos que moram atrás da mente de todo mundo.
Os góticos tendem a expressar  seus sentimentos sobre morte um pouco mais abrangente  que o resto do mundo, o gótico representa aceitação do inevitável
 Isso não significa que góticos possuem obsessão pela morte

O gótico está reconhecendo o equilíbrio de escuridão e luz, vida e
morte e sem medo de coisa alguma
Muitas  pessoas acham que são pessoas perturbadas ou tétricas, o que também não é
verdade.
 


Depressão
É difícil  determinar se góticos são categoricamente mais deprimidos que outros.
A sociedade popularmente vê depressão e tristeza como anormalidades que devem ser suprimidas ou curadas. A adolescência é uma época de depressão para muitos indivíduos; ainda, aqueles indivíduos podem sentir  a pressão da família, amigos ou professores pa
ra ser "perfeito." Estas pessoas jovens podem sentir uma  dor incrível,
A depressão parece ser um sentimento que  o gótico personifica.
É uma emoção que simboliza  o gótico melhor. Punk representa rebelião; Industrial representa revolta; O gótico representa tristeza.
 As pessoas ingressam nestas subculturas a fim de sentir se elas possuem algo e são uma parte de algo. Elas se tornam um clube exclusivo,   Muitas vezes dentro das subculturas abraçam essas idéias  e exageram. Esse exagero da beleza de tristeza na cultura gótica leva algumas  pessoas a pensar --- aqueles góticos são mais deprimidos que outros grupos.
É possível que góticos sejam mais deprimidos que outras pessoas.
É também possível que isto seja apenas uma  impressão, afinal os góticos têm posturas marcantes. Sendo assim, gótico não significa  necessariamente  tristeza.
Um gótico deprimido era provavelmente deprimido antes de se tornar um gótico.
Gótico não significa ser necessariamente deprimido. Enquanto góticos são capazes de sentir tristeza ao extremo, eles são também capazes de experimentar
grande alegria.
A maioria deles podem manter equilíbrio em suas vidas.

Aquela tristeza, como a felicidade, tem sua própria beleza majestosa e deve ser abraçada como uma emoção válida, não rebaixada como uma anormalidade.
 
 

poésias goticas






               ao infortúnio do amigo Aaron Zvestkovis, marinheiro.

Era uma tarde de mar calmo, de águas espelhadas, pálidas pela luz do fim
de tarde.
O vento não soprava, e não havia no céu nenhuma nuvem.
O velho navio singrava suave como se deslizasse pelas águas vitrificadas,
seguido de um roncar surdo do velho motor no inferior de sua popa.
Rumava em direção ao por do sol e desenhava em sua retaguarda,
um rastro de pequena turbulência provocada por suas hélices.
Era um navio realmente velho. Seu casco todo enferrujado, trazia marcas
de sua trajetória em cada porto por onde passou; seu nome já não se
distinguia entre a ferrugem. 
Seu calado, já enfraquecido pelo tempo, a água salobra do mar e as
pesadas cargas que transportara desde muito tempo, rangia com os ferros
de sua estrutura resvalando uns nos outros pelas folgas entre as peças.
O som do ferro se perdia ao longe, ao longo do seu percuso.
Raramente se via os tripulantes na proa ou em toda a extensão do lado
externo, mas quando apareciam, era impossível não deixar de se
surpreender por seu aspecto.
Olhares sempre voltados para o infinito, sempre buscando algum ponto,
algum referencial.
E a expressão da face justificava o olhar. Era como se esperassem por algo;
como se esperassem por uma resposta que no fundo da alma sabiam
que jamais chegaria.
Expressão de angústia profunda, mesclada com um medo interior, um medo
intenso, todavia, sem saber do quê. Eram como corpos sem o vigor da vida,
sem ânimo e sem vontade; andar pesado e lento, como se contassem os
passos; nunca se falavam e nunca trocavam olhares.
Era como se um não notasse a presença do outro, ou não fazia diferença
o outro estar ali.
As roupas pregadas ao corpo encurvado, como se levasse o peso do
mundo nas costas, e não dormissem há tempos e tempos.
Era como a visão de um ataúde flutuante, e que levava seus ocupantes
para uma viagem eterna até seu descanso final no seu túmulo que
seria o próprio mar.
Ninguém guiava a embarcação; ela seguia sempre em rumo próprio,
levando seus ocupantes, os condenados por um crime imperdoável
até seu destino frente a frente com seu algoz.
No fim da tarde, quando os últimos raios pálidos de sol refletiam moribundos,
sobre a água, veio do leste grande nuvem negra e medonha seguida
de forte vento que agitava o mar com vagas enormes e violentas.
Os olhares dos tripulantes voltaram-se para estibordo com grande terror.
Viam ali chegando, seu carrasco impiedoso e insaciável, com grande fúria,
executar a ordem capital, a sentença injustificada de um juiz frio e cruel.
Expressões horrorizadas estamparam os rostos dos condenados com
uma angústia que vinha do mais profundo recôndito da alma, aflorar
nos nervos e em todas as articulações daqueles corpos trêmulos e já
sem nenhuma força.
O forte vento logo deu origem a um enorme ciclone, fazendo o barco
ficar bem ao seu centro. Grandes correntes de ventos varriam a embarcação,
ondas enormes lavavam o convés; a embarcação pendia de um lado a outro,
e em certos momentos, parecia que viraria. Os tripulantes já sem a mais
remota das esperanças, ainda seguravam-se na amurada, mas por puro
instinto, e não por esperar salvar suas almas da mão do impiedoso destino.
Meia hora depois do início, a tempestade chegou a seu apogeu. A escuridão
era total, e o que se via de longe, era uma pálida luz que vinha do interior
do barco.
Seus tripulantes se refugiaram até então em seu interior; o navio
mergulhava por completo sob as vagas, e tempo depois, voltava à tona,
como um ser que, se afogando, busca desesperadamente encher seus
pulmões de ar para conseguir sobreviver por mais uns instantes debaixo
da água. O vento se acercava mais e mais, tudo estava acabado!
Não havia mais o que esperar.
Em um desses mergulhos violentos, a grande e negra embarcação sucumbiu
ao furor da matéria, e deixou o mundo da superfície para traz, para nunca
mais voltar.
E o que se viu num último relance, foi o rosto de um dos tripulantes
colado em uma das janelinhas de vidro, olhando para fora, quando o navio
já deixava o mundo de cima, com a expressão de um rosto que faz
um vivente quando a alma parece querer sair de dentro do corpo através
dos olhos.
Uma expressão de dor, angústia e medo; a expressão de quem olhava
tudo aquilo acontecer, e impotente, contra seus algozes, apenas olhava
em um último instante para lhes perguntar
“por que?”.

Roger Silva
Macapá, 26 de Julho de 2009 - no calor do verão do norte.

Escrito por Roger Silva às 16h43
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25/07/2009




O FAROL DO FIM DO MUNDO

                                                  a ti, senhora, que reencontraste o lar

Em uma ilha muito distante, em pleno mar do fim do mundo,
como é conhecido o estreito de Drake, onde o mar é sempre
agitado por tormentas e o vento ríspido e gélido proveniente
das regiões glaciais da Antártida, existiu há muito tempo atrás
um farol numa pequena ilha próxima a terra do fogo.
Aquele farol era o único naquelas paragens desérticas distantes
do resto do mundo. Era a luz daquele farol que em noites
de mar escarpado, trazia aos marinheiros que por ali vagavam,
a esperança de uma chegada segura no estreito, até a saída
do canal onde seguiriam em sua viagem rumoas águas do pacífico.
No farol viveu por muito tempo um faroleiro juntamente com
sua família – sua mulher e um filho de pouco mais de cinco anos.
Anos após anos seguidos em uma rotina imutável, vendo passar
no horizonte distante, os navios
errantes e o mar impiedoso e atroz.
O farol nunca falhava. Tormenta após tormenta ele sempre estava lá,
emitindo sua luz âmbar em todas as direções daquele horizonte sempre
cinzento, encoberto por neblinas densas. Mais anos e anos
se passaram e um dia a mulher do faroleiro, na varanda do farol,
com os olhos voltados em um ponto qualquer do grande mar, enquanto
dormiam seu marido e filho, desceu até a pequena praia que ali havia,
e olhando compenetrada o gigante gelado, tomou-o pelo jardim de sua
casa que quando menina lá morava, e que agora sua mente a trazia de
volta, e no mar entrou, para o jardim voltou e de lá nunca mais saiu.
Seu esposo e filho nunca mais retornaram a vê-la.
Os anos continuaram vindo, lentos e infalíveis.
Até que em certo momento
alguma coisa pareceu ter acontecido.
O tempo era sempre lento, e a vida
no farol era como um quadro pintado, parecia não mudar com o tempo.
Era sempre a mesma imagem, o mesmo retrato. Mas um dia parece que
alguma coisa havia mudado. De repente o garoto cresceu sem se aperceber,
e agora já era adulto. Foi essa mudança que o fez notar o tempo retratado
no corpo do seu velho pai. Estavam lá as marcas de todos os anos de sua
vida no farol. Cada ruga, cada cabelo branco contava um cotidiano de uma
história que ao longo do tempo foi uma só. Dia após dia a mesma história
durante décadas, e agora parecia serem tão notórias essas evidências do
tempo marcada na pele do seu velho pai. Pensava isso certo dia quando
via o velho sentado na varanda do farol, como fazia todos os dias de sua
vida ali. Então o rapaz se apercebeu do seu destino. E sua mente, como
o reflexo da luz do velho farol, se iluminou dentro de sua própria alma, e
pela primeira vez veio um medo interior que o fez sentir-se um ser esquecido.
Vieram velhas lembranças à sua mente: sua mãe, uma rua, uma casa, algumas
outras crianças...
E viveu o rapaz dali em diante com uma tristeza que nunca mais lhe sairia dos
olhos.
Passaram alguns meses e chegou um certo dia em que as provisões acabaram,
e o pequeno barco que todos os meses ali encostava para lhes suprir, havia
uma semana não aparecia. Estavam à mercê do destino. O isolamento era total
e não havia outro transporte senão uma pequena e velha canoa que usavam
para pescar próximo às margens e que há muito não usavam. A sede era a pior
de todas as dores, superando a da fome. O desespero fez com que bebessem
água salina do mar, o que lhes aumentava a desidratação. O pânico se acercava
do pai e do filho, até que no amanhecer de um outro dia, apenas um o sentia
por inteiro com todos os seus terrores. O velho havia morrido.
Sem forças para descer o velho do farol, e enterrá-lo, o rapaz o sentou na
cadeira da varanda como sempre o velho fizera por todos aqueles anos,
e lá o deixou. Desceu vagarosamente a longa escada em espiral, arrastou
a pequena canoa até a margem do mar, subiu e a empurrou até mais fora
da praia e nela deitou-se com os olhos voltados para o céu. Um instante
depois com grande esforço sentou-se e buscou seu olhar pela última vez,
o farol. E lá avistara o velho farol e seu velho pai, sentado como se tivesse
o observando e de algum modo, querendo dizer-lhe algo em um lamentoso
adeus. Então deitou-se novamente. Não havia mais nenhum vestígio de forças
no seu corpo. Entregara-se de vez ao destino infeliz que a vida o premiara.
E assim as correntes o levaram ao mar aberto até sumir como um pontinho
escuro no horizonte.
Depois de muito tempo de existência, naquela noite o farol não acendeu.
Sua luz âmbar nunca mais voltou a iluminar a escuridão das noites daquela
parte do mundo.
E o tempo passou...Décadas e mais décadas, ninguém voltou a por os pés
naquela pequena ilha do estreito de Drake. As ondas do mar cavavam
ano após ano, a base do velho farol. O mar avançara lento, lento.
As pedras de seus alicerces já começavam a aparecer junto com suas ferragens
que a salinidade do mar destruía dia após dia, um após outro a cada vergalhão
da construção. E o tempo passou e passou e o mar avançou e avançou, até que
um dia o velho farol fraquejou sob seu peso e a fúria das intempéries glaciais
e por fim, caiu. E seus escombros até hoje estão lá, sob as ondas do mar gélido
de drake, na terra do fogo.
Um lugar chamado de fim do mundo,
porque ali é a terra que o mundo e o tempo esqueceram.

Roger Silva
Macapá, 25 de Julho de 2009 - crepúsculo de verão.

Escrito por Roger Silva às 18h52
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25/12/2008


Os Tabernáculos do Rei

Quão Amáveis são os teus tabernáculos, senhor dos exércitos!
a minh'alma suspira e desfalece pelos teus átrios.
tal qual o pardal que encontrou casa, e a andorinha ninho para si,
eu encontrei teus altares, senhor Rei e Deus meu.


Bem aventurados são queles que habitam tua casa
pois um só dia nos teus átrios vale mais que toda minha vida.
Tu és sol, és escudo, és fortaleza
tu és paz
és muito mais
Senhor, tu és vida!

Roger Silva
25/12/2008
Natal
texto baseado no salmo 84 da bíblia
créditos das fotos: trechos de cenas da ópera-rock "Jesus Cristo super star"
Escrito por Roger Silva às 19h10
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17/11/2008

Omaira

a montanha furiosa
em convulsões coléricas
vomitou a ira da terra
sobre a planície
fogo e gelo
água e terra
lama e lágrima
soluço e dor

oh, dor!

"porqué arrestame, tierra mia?"
"porqué, Dios mio?"
"no és justo."


não, não é justo, preciosa!
menina, divina.
a terra é pouco pra ti
teu espírito é elevado.
anjo,escuta!
eis o mistério do amor maior.


vem,vem Omaira!


o berço do amor maior te espera
e nele foi preparado um lugar que é teu.
anjos não devem habitar esta terra suja
e, qual ironia, divina menina!

qual ironia!

deixa sob essa terra o que fútil
toma a plenitude
sem limites da vida

"mami, papi, se me escuche..."


sim, divina menina, todos escutam e sorriem


estás vindo!
estás vindo!

e ninguém poderá evitar
é a impotência mundana

infinitas vezes louvada seja a resolução divina!
agora és eterna.
viva a eternidade dos sonhos divinos, Omaira.

"cada estrela do céu Deus a chama por seu nome"

e Deus chama sua estrelinha "Omaira"
que tem brilho próprio e que jamais apagará.
vive, eterna menina.
és a estrelinha de Armero, que brilha para o mundo.


Roger Silva

Macapá, 16 de Novembro de 2008.

para Omaira Sánchez, com profunda ternura.


Escrito por Roger Silva às 23h02
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23/08/2008



 


Poesia do silêncio

Nestas horas mortas que a noite cria, entre um e outro verso do pavoroso poema, que sob a pálida luz de uma vela eu lia, me chegavam antigas lembranças de um dilema.
Quanto amargo e dissabor o silêncio produz!  Entre as sombras vacilantes da noite, chegam em formas indefinidas, que sobre minha cabeça pairam, aves e outras criaturas aladas que de infernal recônditos alçam vôo até minha mente, a perturbar minh’alma.
Essas formas indefinidas das sombras criadas pelo medo, ocupando o vazio do meu ser, preenchendo o que antes era de sentimentos sublimes e, agora, somente o sentimento de dor. O que antes era alegria, agora é tão somente o dissabor.
Que pena paga um condenado pelos sentimentos! Oh, agonia incessante. Que martírios mais terei que suportar? Como um medo tão latente do desconhecido, pode tanto me apavorar? Será do vazio de minha alma que sinto medo? Ou do esquecimento do meu ser, por outro já amado?
Não é do fim da vida que treme minha alma, mas do fim do sentir-se bem eterno. Não mais existir não é tão doloroso quanto o existir sem ser notado, ou amar sem ser amado, ou perder o que jamais será recuperado.


Roger Silva
Belém,Pará
2005



Escrito por Roger Silva às 19h00
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17/08/2008

Quero ser a noite

Já não me basta este corpo de carne
E já me doem lembranças desta vida
Eu quero ser a noite, em todo seu esplendor
Quero ser o céu escuro que te cobre nas noites sem lua
Já não me basta esta beleza limitada
Essas paixões de memórias
Este corpo de vida curta
Não quero ser lembrada
Não quero ser esquecida
Não quero estar aqui
Eu quero ser
Apenas ser
E sempre ser
Eu quero que me sintas, me toques, me vejas
E eu não estarei lá
Não quero estar ao teu lado para que apenas assim penses
em mim
Eu
quero ser a noite, em todo seu esplendor
A noite de beleza eterna
Quero ser a brisa que te toca todas as manhãs
Que te traz noticias de além mar
Eu quero ser o manto negro que te cobre ao final de todas as tardes
Eu quero ser a noite
Quero ser para sempre


poesia de autoria de Ana Luiza da Silva Garcia
tal como foi escrita.
Escrito por Roger Silva às 17h52
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18/05/2008


Amargo prazer

Toco-te com os lábios desejosos;
olhos fechados e espírito leve.
Degusto-te com suave requinte
de prazer imensurável.
Aprecio-te como a linfa soberba
que leva de mim todos os pesares.
Trago-te como sopro divino
do alívio tardio, mas triunfante.
Deixo-te como vestígio agonizante,
Tentador sedutor
Do qual se bebe o amor.
Roger Silva
Macapá,18 de maio de 2008. 00:57
Escrito por Roger Silva às 00h57
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20/04/2008

Pedaços de mim no chão

No espaço onde eu habitava não me encontro mais.
no mesmo lugar está um velho par de sapatos;
roupas num canto, outras na parede penduradas.
na solidão conversam entre si em diálogos silenciosos;
perguntam por mim.
Mas não estou.
há tempos não me vêm, há tempos não saem;
há tempos não me vestem; há tempos não me calçam os pés.
E não sabem onde estou.
É que sou feito do mesmo tecido que são feito os sonhos,
e como não mais tenho sonhos, tampouco tenho vida;
tampouco existo.
mas o que ainda há, são vestígios de mim.
Entre a poeira e o mofo,
o silêncio e a solidão,
pedaços de mim no chão.

Roger Silva

Macapá-Ap, 20 de Abril de 2008 17:47
Escrito por Roger Silva às 17h54
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28/12/2007

 Advogado do diabo
Ali, logo – disseram-me ao ouvido.
Apontou-me não sei o quê de luminoso opaco: lá está!
Ah!
O inferno veio pousar à minha frente. Inteiro, completo. E os meus olhos descansaram na imagem de seu dono, seu senhor. Terrível pesadelo!
Senhor de tais recônditos – disse eu – já não mais andas sozinho. Antes trazes agora contigo o teu reino?
E sentado no canto escuro do meu quarto, onde somente sua silhueta era divisada na penumbra da luz lunar, ficou.

- Não há sobre esta superfície corrompida, uma só coisa da qual poderás me surpreender. Antes, eu me repugno com o lado externo das coisas do que o avesso.  Demoraste. É tarde para ti.
Falou-me:
- É tudo uma questão de escolha. Tudo!
Pode-se ficar de qualquer lado e terás sempre uma razão.
Ah, A ambigüidade! Coisa divina ou proeminentemente humana?
Sim, advogados. Façam uma estátua e cultuem a ambigüidade. Que seria de vós sem ela?
Essa coisinha pariu uma filhinha...humm...E ela é tão adorada! A humanidade a adotou, é sua afilhada querida.
Que nome a deram?
Hipocrisia chama-se ela. Filha amada!
Mas ouça: antes dela nasceram duas irmãzinhas gêmeas, univitelinas. Mas, ah! Que fatalidade: São tão distintas. Como pôde? Ora, que importa? Todos gostam delas também. Mas uma, querem para si, a outra dão para os outros, mas sempre as querem por perto.
Mas como se chamam?
Verdade e Mentira, são como as chamam
- Ora, ora, mas veja se não é o que dizem, senhor deles. Tu és o pai de uma delas, a quem chamam  Mentira. Sua filha amada.

- Há um dito entre os humanos e que é universal. Ora, dizem que pai é quem cria. Se tu a crias, é filha tua, embora tenha nascido de mim.

- Calo-me quanto a isso. Se podes pensar assim. Maldita! Maldita ambigüidade.
Mas, senhor deles, piso-te o cenho feio. Vai, e contigo tua casa. Sobre esse assoalho há terra fria, mas mais ao fundo encontrarás solo quente. Esta superfície que me arrasta, e comigo tudo abaixo do manto gasoso, é minha casa. Não! É por onde vaga meu corpo, que é casa do meu espírito. Sobre esse corpo necessito um telhado para proteger-me corpo e espírito. Mas sobre tu está tudo e todos.  Para que necessitas dessa proteção?

- Até as palavras necessitam de abrigo, pois se as tivéssem apenas no ar não lembrarias nem mesmo o teu nome.


Rogério Silva
Macapá, uma noite qualquer de setembro de 2005.

Escrito por Roger Silva às 01h11
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24/12/2007

Yeshua Adonai
Quem és tu?
que adentra meu osbcuro mundo e me tocas o espaço do meu coração?;
que de ti fogem a escuridão e as sombras, e lampejos de luz o seguem?
Quem és tu?
que preenche-me o vazio da alma;
aquece e levanta meu corpo frio?
De onde vens?
que arrasta consigo as estrelas pela escura cortina do universo
e povoa todo o infinito des astros cintilantes?
O que tens?
que me faz os olhos fechados te ver
e abala as pedras do meu sepulcro?
Onde vais?
que com sorriso, me toca a mão e me apresenta este átrio da vida?
Quem são esses?
que a ti, cantam "Yeshua Mikisdaskin!" "Yeshua Tsidekenu!" "Yeshua Adonai!"

Roger Silva
24-12-2007  - 23:40

Escrito por Roger Silva às 22h40
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10/11/2007


Poesia de um soldado Celta

Anseio pelos ventos árticos para, no calor da luta,
Refrigerar minh’alma;
O murmúrio do Nore a balançar meu sono
E a voz de Ériu a acalentar meus sonhos.
Na escuridão da ravina, os fantasmas dos irmãos mártires
Na lâmina de minha espada, pedir-me a vingança
E sobre a lápide dos meus inimigos cantar:
"Sê Tu minha visão, ó Senhor do meu coração;
 nada me salva, a não ser Tu; de dia e de noite,
Tu és o meu melhor pensamento;
ao levantar e ao deitar, Tua presença é minha luz."

Roger Silva
Macapá, 10 de Novembro de 2007 - 19:17hs
Escrito por Roger Silva às 18h25
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02/11/2007


A CURA   

Em uma tarde de sol eu acordava da vida que sonhava
E a realidade final à porta do meu quarto me esperava
Quarto escuro...
Lá fora, a luz.
Eu, imobilizado pela dor.
O amargo veneno me seduz;
Um pouco só dele, e se vai meu rancor.
Ainda quero a luz.
Ardam os meus olhos na intensidade de criar lágrimas insanas
Que me escorram aos lábios secos como soro
E me curem os pensamentos de infâmias.

Roger Silva

Sem data da escrita
Escrito por Roger Silva às 20h30
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NOITE

Morcegos e corujas alçam seus vôos, os pombos se refugiam.
A brisa de corpo quente, informe e envolvente roça os caules, as copas das mangueiras.
Meu corpo andarilho levanta o pó da rua.
A luz opalada da lua banha as nuvens esparramadas sobre o manto gasoso, difusando
Seus raios e projetando minha sombra errante sobre o asfalta duro.
Silêncio.
Meus próprios passos me seguem à retaguarda, retardos. Ao longe se ouve o som
Dos escapes automotivos. Cães ladram e se recolhem. Espíritos rodopiam, sussurram e gritam reunidos nos cabos elétricos do cruzamento da eqüina. Almas atropeladas. Me espiam, me seguem, me empurram. Tropeço. São fantasmas; são meus; são camaradas. Alguém parece falar próximo.Não dá para ouvir. De onde vem? Ah! vem de cima; do alto.
São os astros. Estrelas ululantes, planetas mudos, galáxias portentosas, constelações festivas. Ruídos surdos do infinito que vibram os átomos atmosféricos vindos do vácuo frio até os meus cabelos.
Minhas roupas, cúmplices do meu corpo, me abraçam, me protegem, juram fidelidade e subserviência até a cama. Na minha chegada, o quarto escuro, denso, ar ocioso. A  luz vem e o denso ocioso foge com a sombra foge da luz. A cama vazia, fria, desperta e me pergunta: onde esteve? Por que demoraste?
Então me aproximo; sento-me ao seu lado e logo deito sobre ela, e ela me abraça, me protege.Nos envolvemos sob o lençol e colamos o rosto – doce amante e confidente. Dormimos. O sol não tarda a dissipar toda essa bela fantasia.

Roger Silva
Macapá,12 de Outubro de 2005 - 03:30hs

Escrito por Roger Silva às 15h04
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12/05/2007





A TRISTEZA

No segundo sábado do primeiro mês de inverno, meu amigo Yuri Wlastov veio me visitar.
à mesa, ao bailar da luz do candelabro, em uma pausa, lhe questionei:

- Meu caro camarada Wlastov. O que é para você a tristeza?

ao que me respondeu:

- A tristeza, camarada, é a ferida na alma que canta.
é a solidão da tundra de nossa gélida sibéria.
é o adeus do sol no último dia de verão.
é o um navio a se perder na curva do horizonte do mar.
é a queda da casa de Usher.
é o cair do cadafalso.
é o apagar-se do nome no epitáfio.

sábado, 12 de maio de 2007


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PORQUE...(*)
Num inverno de um ano difícil eu nasci
Meu pai não poderia ter tido pior sorte
Do que o peso da minha vida
E da minha mãe, sua morte

Logo fui do meu pai separado
Em lares estranhos fui criado
E pelo que comia fui explorado
E nunca, por nada fui consolado

um sorriso nunca me encontrou
um beijo nunca me tocou
um abraço nunca me cercou
somente a dor nunca me deixou

não sou à vida em nada grato
sou um intruso da existêcia
um errante sem mapas
o soluço da dor da demência

* Manuscrito encontrado no bolso de um suicida.


19-março-2007 12:20

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era uma rosa vermelha
ou uma rosa branca tingida de sangue
eram lábios de tentador rubor
ou eram lábios famintos de vida
eram olhos de escuro intenso
ou eram olhos vazios de luz

***

ainda cai a chuva durante o dia
e o sol se esconde dos olhos terrenos
acalmam-se os ventos.


sem data.